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quinta-feira, 18-04-2024
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Biografia

Biografia
                  

Óscar Lopes  
[Leça da Palmeira, Matosinhos, 1917 - Porto, 2013]  

Óscar Lopes
Ensaísta e professor universitário. Licenciado em Filologia Clássica pela Universidade de Lisboa em 1941, completaria em seguida a licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Coimbra. Entretanto, obtivera diplomas superiores no Instituto Britânico do Porto e no Conservatório de Música da mesma cidade.

Professor do ensino secundário entre 1941 e 1974, cedo se afirmaria como um crítico exigente e um ensaísta versátil e rigoroso, tratando ora a história, ora a literatura, ora a linguística, ora a filosofia, sempre de forma a creditar-se como um dos maiores ensaístas portugueses contemporâneos. Como crítico e ensaísta literário, teve um importante papel no estudo e na problematização do neo-realismo português, de que foi um dos mais clarividentes estudiosos.

Colaborador das mais importantes revistas literárias portuguesas – Seara Nova, Vértice, Mundo Literário, Colóquio/Letras – e do suplemento literário de O Comércio do Porto, onde deixou importantes trabalhos críticos. Em 1980, dirigiu os dois números da revista Camões, publicados a propósito do quarto centenário da morte do poeta.

Entre 1967 e 1971 foi bolseiro do Instituto de Estudos Pedagógicos da Fundação Calouste Gulbenkian, com equiparação a bolseiro pelo Instituto de Alta Cultura, o que lhe permitiu a realização de importantes experiências quanto à coordenação do ensino das disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática, ao nível do então ciclo preparatório, trabalho que apresentou em edições daquela Fundação de 1970 e 1971.

Com António José Saraiva publicou um dos mais importantes livros didácticos e de consulta de que já beneficiou a nossa literatura, a História da Literatura Portuguesa. Uma obra cuja primeira edição teve lugar em 1955, sendo depois objecto de mais dezanove reedições sucessivas, corrigidas e actualizadas, a última das quais, oficialmente a 17ª., mas na realidade e por força da censura do Estado Novo que obrigou ao disfarce como reimpressões de três das edições revistas e aumentadas, a 20ª., foi publicada em 1996, estando já uma outra em preparação, agora com três novas colaboradoras: Isabel Pires de Lima, Leonor Curado Ribeiro e Margarida Vieira Mendes, docentes das Faculdades de Letras do Porto e de Lisboa, sendo que a última faleceu entretanto. Nesta obra, Óscar Lopes foi sempre o responsável, posto que em consulta com Saraiva, pelos autores contemporâneos, tomando como contemporâneos todos os escritores posteriores à chamada «Geração de 70».

Os seus trabalhos de ensaio e crítica foram distinguidos com os prémios «Rodrigues Sampaio» e «Jacinto do Prado Coelho», este último instituído pela Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos Literários.

Em 1974, após o 25 de Abril, passou a ensinar na Faculdade de Letras do Porto, de que foi director entre 1974 e 1976, ali continuando como docente até à aposentação.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997