Mário Duarte
[Lisboa, 1890 - Lisboa, 1934]
Actor amador e depois profissional, foi um dos intérpretes da peça de Mário de Sá-Carneiro (e Tomás Cabreira Júnior) Amizade, quando esta se representou, em 1912, no Clube Estefânia. Desenvolveu intensa actividade de divulgação teatral, escrevendo e traduzindo peças do repertório contemporâneo (Niccodemi, Bracco, Sabatino Lopez, Chiarelli, Zorzi, Falena, Martínez-Sierra, Linares Rivas, S. Russiñol, Verneuil) e fundando a revista De Teatro, que dirigiu de 1922 a 1928.
A sua produção original compreende os dramas O Passado, escrito em colaboração com A. Ponce de Leão (1916), Renascer (1923) e Fortúnio (1926), ambas em colaboração com o actor Valério de Rajanto, as comédias César e João Fernandes, em colaboração com Alberto de Morais (1925), e A Velha, com Silva Tavares (1933).
Foi sob o seu impulso que em 1925, se criou a Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, hoje Sociedade Portuguesa de Autores.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. III, Lisboa, 1994
