Luís de Oliveira Guimarães
[Espinhal, Penela, 1900 - Lisboa, 1998]
Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa (1918/1923), iniciou o seu percurso universitário no Curso de Direito em Coimbra (1917/1918), onde foi colega de Florbela Espanca.
Inicia a sua carreira profissional, primeiro como Ajudante da 2ª Conservatória do Registo Predial de Lisboa e posteriormente como Subdelegado do 3º Juízo das Transgressões de Lisboa. Terminará a sua carreira ligada ao Direito em 1939, primeiro como Delegado do Procurador das Transgressões de Lisboa e nesse mesmo ano como Delegado do Procurador da República de 1ª Classe, para se dedicar então completamente à escrita.
Jornalista, poeta e comediógrafo, iniciou a sua colaboração com a imprensa no semanário portuense Vida Moça e no diário lisboeta A Capital e deixou colaboração dispersa nos periódicos A Manhã, Primeiro de Janeiro, Comércio do Porto, Diário Popular, República e Sol. Iniciou a sua carreira literária com a publicação de um livro de versos em 1921, Bonecas Que Amam, publicando ainda nesse ano Arte de conhecer mulheres, O direito ao riso e As Blagues do Dr. Bonifrates. As suas crónicas de jornal, bem como as suas produções para o teatro, são geralmente de teor humorístico.
Colaborou em várias revistas e operetas em parceria com Carlos Selvagem, João Correia de Oliveira, José Ribeiro dos Santos, Augusto Santa-Rita e Silva e Bastos, o seu trabalho mais notável para o teatro foi a adaptação do romance de Aquilino Ribeiro, O Arcanjo Negro, levada à cena em 1948 no Teatro da Trindade por Alves da Cunha.
Foi co-fundador da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses e editor do boletim Autores, desta instituição. Foi também membro da Associação dos Arqueólogos. A sua primeira conferência data de 26/1/1924 com o tema A Vida nos Castelos, iniciando uma das atividades que mais o celebrará, a de orador e de conferencista.
09/2025