Almeida Amaral
[Lisboa, 1901 - Colares/Sintra, 1964]
Oficial do Exército, o seu nome ficou ligado à co-autoria de numerosas peças do género musicado (revistas e operetas), quase sempre escritas em colaboração com Fernando Santos. Estreou-se em 1929, no Teatro Variedades, com a revista E Siga a Dança!, a que muitas outras regularmente se seguiram durante vinte e cinco anos, até Mãos no Ar!, em 1954, algumas das quais conheceram grande êxito, como Pernas ao Léu em 1933, Chuva de Mulheres em 1936, A Marcha de Lisboa em 1941, A Vitória em 1945. Com Fernando Santos também, escreveu três comédias destinadas à Companhia da grande actriz Maria Matos (Os Vizinhos do Rés-do-Chão, Três Camaradas e Pobreza Envergonhada, 1943-44) e a comédia dramática Prémio Nobel, habilmente construída sobre uma ideia original de Leitão de Barros, levada à cena no Teatro Nacional em 1954, onde fez uma longa e afortunada carreira. Entre as suas operetas mais populares conta-se Nazaré, de 1940. Traduziu um elevado número de comédias e farsas, na sua maioria de origem espanhola, e publicou em 1924 a novela A Força do Destino.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997