Rui Chianca
[Lisboa, 1891 - Lisboa, 1931]
Dramaturgo e poeta, deixou o seu nome ligado a uma fruste e efémera tentativa de revivescência do teatro histórico em verso, levada a cabo nos primeiros anos do regime republicano e em oposição a este, para a qual contribuiu com três peças de académica factura: Aljubarrota (1913), inspirada numa narrativa de Herculano, D. Francisco Manuel (1914), e Nun'Álvares (1918). A sua participação na abortada insurreição monárquica de 1918 forçou-o a emigrar para o Brasil, onde escreveu outras peças de idêntica inspiração (O Magriço, 1925, e Portugal Restaurado, esta última em prosa). A melhor das suas obras de feição histórica, Rainha Santa, subiu postumamente à cena em 1933, no Teatro de S. Carlos. Era tio do cineasta, dramaturgo e cronista Chianca de Garcia.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. III, Lisboa, 1994