Gentil Marques
[Lisboa, 1918 - Lisboa, 1991]
Escritor, jornalista, tradutor, editor e cineasta.
Fez os seus primeiros estudos no Algarve, onde aos treze anos já fazia parte da direcção do jornal de literatura e crítica O Mocho, era redactor-delegado da revista Stadium e dava a sua colaboração a vários jornais e revistas de Lisboa. Voltou para Lisboa em 1935, concluindo o ensino secundário e matriculando-se na Universidade.
Enquanto estudante, dirigiu o periódico Movimento e foi redactor de O Diabo, Eva, Século Ilustrado e Vida Mundial Ilustrada. Foi também director de vários outros jornais e revistas, nomeadamente, Jornal de Lagoa, Notícias de Caminha, Atenção, Mocidade Académica, Jornal de Vendas Novas, Festa, Cartaz, Mundo, Sol do Algarve e Imprensa Regional.
Em 1951, iniciou-se na produção radiofónica com programas de cariz cultural, como «Lendas do Nosso Tempo» ou «Festa Brava», entre outros. Foi também produtor publicitário e cinematográfico, especializando-se em documentários culturais e turísticos, tendo ganho, em 1953, o Prémio «Paz dos Reis» do SNI, com a curta-metragem Arte Sacra Missionária.
O seu romance Pão Nosso foi alvo de uma adaptação cinematográfica. No teatro apresentou algumas peças inéditas, como Portugal Mais Alegre, que teve grande êxito. Enquanto editor literário, especializou-se em romances biográficos e em adaptações de enredos cinematográficos, frequentemente de parceria com Leão Penedo. Dirigiu as colecções «Grandes Mistérios, Grandes Aventuras», «Obras Escolhidas de Autores Escolhidos» e «Os Mais Belos Contos do Mundo». Traduziu e prefaciou diversas obras de autores estrangeiros.
Foi um dos fundadores e comissário geral da Propaganda Turística em Portugal.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997
