João Grave
[Vagos, 1872 - Porto, 1934]
Poeta, jornalista, cronista, ensaísta e romancista, João Grave cultivou o romance histórico e o romance naturalista de intenções sociais, à maneira de Zola. Nestes romances usou largamente os regionalismos. Foi o introdutor da temática da Grande Guerra no romance português (O mutilado, 1919) tema que já vinha abordando em contos publicados na Ilustração Portuguesa e no livro Os sacrificados (1917).
Filho de trabalhadores rurais, fez a instrução primária em Vagos e os estudos liceais em Aveiro. Tirou o curso de Farmácia na Escola Médica do Porto e chegou a abrir uma botica em Calvão (freguesia do concelho de Vagos) mas acabou por se dedicar ao jornalismo que havia iniciado ainda estudante no jornal Província. Foi chefe de redacção do Jornal da Tarde, colaborando entretanto no Século e no Diário de Notícias e na impensa brasileira. Dirigiu o dicionário enciclopédico Lello Universal.
Foi director da Biblioteca Pública Municipal do Porto, onde deixou vasta obra de biblioteconomia, catálogos, reprodução e interpretação de manuscritos inéditos e estudos como A Ourivesaria em Portugal. As Pratas da Casa Reis, 1917.
Centro de Documentação de Autores Portugueses
01/2015
