Nelson de Barros
[Lisboa, 1914 - Lisboa, 1966]
Essencialmente ligado ao espectáculo de revista, a que soube imprimir um cunho de bom gosto, humor subtil e espírito moderno, o seu nome foi um dos mais assíduos nos cartazes do género, entre 1940 (Ora Vai Tu!, no Teatro Maria Vitória) e o ano da sua morte (Esta Lisboa Que Eu Amo, no Teatro Monumental), associado geralmente a Aníbal Nazaré, embora haja também colaborado com outros autores. É de sua autoria o famoso «Fado Falado», criado por João Villaret na revista Tá Bem ou Não Tá, em 1947. Com Humberto Luna de Oliveira escreveu, para a actriz Maria Matos, a farsa A Ama Seca, representada em 1941 no Teatro Avenida, e com Francisco Mata e Carlos Wallenstein adaptou a comédia musical O Inspector-Geral, de Gogol (com o título O Impostor Geral), com que em 1965 se inaugurou o Teatro Villaret. Exerceu em O Século, com isenção e lucidez, a crítica teatral.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997