José Galhardo
[Lisboa, 1905 - Lisboa, 1967]
Filho do empresário e autor teatral Luís Galhardo, exerceu advocacia e presidiu à Direcção da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, de 1960 a 1967. Ele próprio também autor teatral, o seu nome está ligado a um grande número de operetas, revistas, traduções e adaptações de obras estrangeiras que se representaram nos teatros do país a partir de 1926, ano em que assinou com seu pai (e Vasco Santana) a autoria da revista Pó de Arroz, com que se inaugurou o Teatro Variedades.
Entre as suas peças de maior êxito, em que teve como colaboradores Alberto Barbosa, Vasco Santana, Fernando Santos, Nelson de Barros e muitos outros, contam-se as operetas Coração de Alfama (1935), O Colete Encarnado (1940) e A Invasão (1945), e as revistas Água-Pé (1927), A Rambóia (1928), Arre, Burro! (1936), A Marcha de Lisboa (1941), Alto Lá com o Charuto (1945), A Ponte a Pé (1965); e entre os muitos autores que traduziu, Feydeau, Arniches, Jardiel Poncela, Lopez Rubio, Mihura, Lazlo Fodor, Muñoz Seca, Hennequin.
Foi também um dos autores do argumento, dos diálogos e versos das canções de vários filmes, desde A Canção de Lisboa (1934) e Maria Papoila (1937) a Capas Negras (1947), que constituíram – e ainda constituem – grandes êxitos populares.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997