Poeta do ultra-romantismo.
Licenciado em Direito em Coimbra, foi, por várias vezes, deputado às Cortes e, tendo aderido à Patuleia, combateu, tanto por actos como pela palavra, a ditadura cabralista.
Colaborou em diversos jornais e revistas, alguns dos quais fundou e dirigiu. Entre os artigos que dele nos ficaram, espalhados por essas publicações, destacam-se os de natureza política, uma série de pequenas crónicas históricas (que foram mais tarde editadas em dois tomos, com o título Serões de História) e poemas, alguns dos quais o celebrizaram, como, por exemplo, «A doida de Albano», «Tasso no hospital dos doidos», «O Outono», «O conde de Alarcos» – lenda popular impressa na Revista Académica de Coimbra (1845), etc.
O que de melhor se pode apontar no seu estilo é a simplicidade e o ritmo, que, aqui e além, se inspiram no folclore.
Foi, com João de Lemos, um dos fundadores do grupo de O Trovador e «as suas produções [...] permitem que o coloquemos logo abaixo do nome do chefe de fila do movimento», segundo a opinião de João Gaspar Simões (in História da Poesia Portuguesa).
Muitas das suas composições foram por ele próprio seleccionadas e publicadas, em dois volumes, precedidos de uma biografia da autoria de Tomás Ribeiro, que, ao tempo, o considerou «o mais popular dos nossos poetas».
Não se pode também esquecer a sua acção como divulgador, com várias biografias de escritores portugueses e brasileiros, sobretudo através do Novo Almanaque de Lembranças Luso Brasileiro, que dirigiu.