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domingo, 01-06-2025
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Biografia

Biografia
                  

Guiomar Torresão  
[Lisboa, 1844 - Lisboa, 1898]  

Guiomar Torresão

«O feminismo é a causa mais intuitivamente logica
e mais importante para o aperfeiçoamento e
engrandecimento da humanidade, que o
seculo XIX leva á solução do seculo XX»


Pioneira na luta das mulheres pelo acesso ao espaço público, particularmente no campo literário abarcando diversos géneros como a poesia, o conto, o romance e o teatro. Foi também tradutora e jornalista. Defendeu em alguns dos seus escritos a igualdade de direitos civis e políticos para homens e mulheres.

Viveu parte da infância em Cabo Verde, onde o pai fora director da alfândega. A morte deste leva a família a regressar a Portugal, em 1853, criando-lhe sérias dificuldades financeiras. Guiomar Torresão tentou prover ao seu sustento (e ao de sua irmã) dando lições particulares. Torna-se, mais tarde, professora oficial.

Publicou o primeiro romance (Uma alma de mulher, romance criminal) aos 16 anos e fundou, em 1871, o Almanaque das Senhoras, que dirigiu durante 27 anos entre 1871 e 1898, e o semanário Ribaltas e Gambiarras, que foi publicado entre Janeiro e Outubro de 1881. Entre Janeiro e Outubro de 1896 dirigiu A Crónica : publicação illustrada, de António Maria Pereira. Trabalhou como jornalista para o Diário Ilustrado, Repórter, Diário de Notícias, A Voz Feminina, Gazeta Setubalense, Tribuno Popular, etc.

Correspondeu-se com Alexandre Herculano, Amélia Janny, Ana Augusta Plácido, António da Costa, António Ennes, Bulhão Pato, Camilo Castelo Branco, Fialho de Almeida, João de Deus, Júlio César Machado, Júlio de Castilho, Tomás Ribeiro, Trindade Coelho, entre outros. Durante uma breve estada em Paris contactou Alexandre Dumas Filho.

Foi também reconhecida no Brasil – onde teve algumas das suas peças representadas e colaboração em vários periódicos –, tendo sido sócia honorária do Retiro Literário Português do Rio de Janeiro, sócia correspondente do Gabinete Português de Leitura e do Gabinete de Leitura Instrutiva e recreativa Gamelleirense, de Pernambuco.

Usou diversos pseudónimos masculinos como Gabriel Cláudio e Delfim Noronha, entre outros.
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10/2009