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sexta-feira, 27-12-2024
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Biografia

Biografia
                  

Ricardo Alberty  
[Lisboa, 1919 - Cascais, 1992]  

Ricardo Alberty nasceu em Belém, Lisboa, no ano de 1919, e morreu em 1992. As suas actividades profissionais repartiram-se por domínios diversos como o ensino, o desenho, o teatro, o jornalismo, tendo escrito crónicas para vários jornais. Mas foi como autor de literatura para a infância que se tornou efectivamente conhecido. Escreveu várias peças de teatro, fábulas e contos, tendo alguns deles sido produzidos para a rádio e a televisão. Colaborou ainda em diferentes publicações periódicas infantis e assinou traduções e adaptações, para a infância, de textos clássicos.

Em grande parte dos seus textos, é possível reconhecer, além da fluência e delicadeza da escrita, e do domínio da arte de contar, uma certa sensibilidade para as questões relacionadas com a infância infeliz, com o abandono e/ou desatenção de que as crianças são alvo, a preocupação com o direito à diferença, a não marginalização, pela raça ou pela cor, podendo considerar-se A galinha verde como um testemunho de algumas dessas preocupações, nomeadamente as que dizem respeito ao racismo e à não aceitação do outro. Outra das marcas dos seus livros é a presença do humor.

Em 1958, obteve o Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho pelo texto de A galinha verde. Em 1980, foi galardoado com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças pelo conjunto da sua obra (ex-aequo com Matilde Rosa Araújo), sendo considerado um dos mais relevantes autores portugueses contemporâneos na área do livro infantil.


Bibliografia selectiva: A galinha verde (1957), Lisboa: Ática, 1978; Flor sem par (1961), Lisboa: Verbo; Este livro tão bonito (1968), Lisboa: Sociedade de Expansão Cultural; Fábulas que ninguém me contou (1978), Lisboa: Plátano Editora; O cavalinho das sete cores (1978), Lisboa: Didáctica; O país dos sorrisos e outras histórias (1981), Lisboa: Verbo; Eu também sou gente (1982), Lisboa: Plátano; Bonecos de papel de cor e outras histórias (1985), Lisboa, Verbo; A Abadia das Pombas e O Homem das barbas (1989), Porto: Areal.


[Maria Elisa Sousa]
09/2011