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segunda-feira, 20-10-2025
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Biografia

Biografia
                  

António Rebordão Navarro  
[Porto, 1933 - Porto, 2015]  

António Rebordão Navarro
Poeta, ficcionista, crítico literário e cronista.

Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi delegado do Ministério Público em Vimioso e Amarante, tendo posteriormente passado a advogar no Porto, onde, em 1975, desempenhou por alguns meses o cargo de director da Biblioteca Pública Municipal.

Estreou-se como poeta em 1952, mas é sobretudo como ficcionista que virá a afirmar-se nos anos seguintes. Foi um dos fundadores e directores dos fascículos de poesia Notícias do Bloqueio (Porto, 1957-1962), director-adjunto da revista literária Sol XXI e director da revista Bandarra (1953-1962), após a morte de seu pai, o escritor Augusto Navarro.

Manteve no Jornal de Notícias, do Porto, uma crónica semanal sob o título genérico de «Estados Gerais».

Foi presidente da Assembleia Geral da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto e fez parte dos corpos gerentes da Sociedade Portuguesa de Autores.

Está representado em várias antologias, nomeadamente em Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa, Poesia Portuguesa do Pós-Guerra (1945-1965), A Saudade na Poesia Portuguesa, Antologia da Ficção Portuguesa Contemporânea, A Emigração na Literatura Portuguesa, Antologia de Homenagem a Cesário Verde, Macau, O Carro Eléctrico do Porto, Cântico em Honra de Miguel Torga.

Tem colaboração dispersa por diversos jornais e revistas, designadamente em Bandarra, Vértice, Colóquio-Letras, Sul (Brasil), Deucalión (Espanha), Jornal de Letras, Artes e Ideias, Letras e Letras, Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Diário de Lisboa, O Comércio do Porto, Primeiro de Janeiro, Expresso, etc.

Alguns dos seus poemas estão traduzidos em castelhano, checo e sueco.

É actualmente director literário das edições da Lello.

Reunida em grande parte na antologia A Condição Reflexa (1990), a sua poesia, onde certas preocupações de ordem social se associam, não raro, a uma indisfarçável ironia, próxima da denúncia, caracteriza-se ainda pela atenção ao quotidiano e por um tom coloquial que não enjeita, antes esteticamente valoriza, alguns prosaísmos.

Segundo José Jorge Letria (in Letras e Letras, nº. 28, Abril 1990), António Rebordão Navarro «tem a capacidade de caldear para os textos de ficção os jogos de luz e de sombra, a riquíssima subjectividade e o lirismo denso do seu universo poético», sendo «muitos dos elementos basilares do universo ficcional do autor: a ironia, a pujança descritiva, o recurso aos materiais de memória, o acerado gume da crítica e o apurado trabalho com a linguagem.»
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. VI, Lisboa, 1999