Augusto Cunha
[Lisboa, 1894 - Lisboa, 1947]
Tendo-se estreado nas letras com um livro de versos de inspiração pós-simbolista, Missal de Trovas (1914) escrito em colaboração com António Ferro, dedicou-se mais tarde ao jornalismo, à prosa humorística e ao teatro. Cinco livros de contos (Quase de Graça, 1930; Mais Um, 1931; Mais Outro, 1932; P. B. X. - Diálogos ao Telefone, 1934, e Contos sem Cotação, 1939), uma novela (O Homem Que Salvou o Mundo, 1946), Contos Escolhidos (prefácio de António Ferro), 1956, e as peças A Traição (1913), Sempre Noivos (1931) e O Processo de Mário Dâmaso (1932), bem como a farsa O Exame do Meu Menino (1930), grande êxito do popular actor Vasco Santana, constituem a sua bagagem literária, acrescida em 1988 do vaudeville, que se mantinha inédito, Os Meninos d'Oiro, com prefácio de António Quadros, sobrinho do autor.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. III, Lisboa, 1994
