Decorreu no passado dia 7 de dezembro a cerimónia de anúncio dos vencedores do Prémio Oceanos 2023. Na categoria prosa, o prémio foi atribuído ao autor cabo-verdiano Joaquim Arena pelo romance Siríaco e Mister Charles, editado pela Quetzal. Na categoria de poesia, o prémio foi atribuído à suíça naturalizada brasileira Prisca Agustoni, pelo livro O gosto amargo dos metais, editado pela 7 Letras.
Na área da prosa, o júri foi composto pelos brasileiros André Sant'Anna, Eliane Robert Moraes, José Castello, Schneider Carpeggiani, pelo moçambicano Nataniel Ngomane e pela portuguesa Clara Rowland. Na área da poesia, foi formado pelos brasileiros Célia Pedrosa, Maria Esther Maciel, Tatiana Pequeno e pelos portugueses Carlos Mendes de Sousa e Golgona Anghel. Ambos os jurados tiveram a seu cargo a leitura das obras finalistas em ambas as categorias. A pré-seleção foi efetuada por um conjunto de 159 jurados.
A esta edição do Prémio Oceanos concorreram 2654 livros, escritos em português e publicados em oito países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Reino Unido, Itália, Moçambique, Portugal e EUA.
Joaquim Arena é escritor e formado em Direito, em Lisboa. Nascido na Ilha de São Vicente, em Cabo Verde, é filho de pai português e mãe cabo-verdiana. Foi assessor do presidente cabo-verdiano Jorge Carlos Fonseca até 2021. A Verdade de Chindo Luz foi o seu primeiro romance, depois publicou Debaixo da Nossa Pele, um ensaio-reportagem sobre os seus antepassados, escravos e trabalhadores livres nos campos de arroz do Vale do Sado.
Prisca Agustoni (1975) é poeta, tradutora e professora de literatura na Faculdade de Letras na Universidade Federal de Juiz de Fora. Nascida na Suíça e vivendo no Brasil, escreve e autotraduz-se em italiano, francês e português. As suas publicações mais recentes são Un ciel provisoire, Casa dos ossos, animal extremo, O mundo mutilado, L’ora zero e Língua sommersa.
Saiba mais sobre o prémio e os vencedores no site da
Oceanos. Reveja
aqui a cerimónia de atribuição dos prémios.