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terça-feira, 16-07-2024
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Residência Literária em Berlim 2024

Residência Literária em Berlim 2024
Residência Literária em Berlim
Data :
09/07/2024

​Francisco Sousa Lobo vence Prémio "Residência Literária em Berlim" 2024


Francisco Sousa Lobo é o autor selecionado para a nona edição do Prémio "Residência Literária em Berlim", uma iniciativa da Embaixada de Portugal na Alemanha / Camões – Centro Cultural Português em Berlim, com a colaboração, no respetivo júri, da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas.

Nesta cidade, propõe-se realizar uma banda desenhada curta sobre a sua própria estadia na capital alemã tendo no conto 'O Búfalo', de Clarice Lispector, o ponto de partida de um modo de olhar o isolamento e espelhar, nesse mesmo olhar, o do leitor. Intitulada "No Zoo de Berlim, à procura do ódio no sítio errado", a obra será, pois, "uma espécie de literatura com viagem, um panorama onde a voz interior (narração) se confronta com a voz exterior (desenho), em que se procura o ódio e o amor ao mesmo tempo e nas mesmas coisas e pessoas, que é talvez uma das chaves para nos aproximarmos de Lispector. […] e para nos entendermos ainda uns aos outros.", avança o autor.

Francisco Sousa Lobo nasceu em Moçambique em 1973, cresceu em Oeiras e trabalhou em Lisboa, antes de se mudar para Londres, onde vive e trabalha desde 2005. Com formação em arquitetura e arte, é autor de banda desenhada, contando já com 16 publicações em Portugal e noutros países, numa obra que flutua entre o documental, a autobiografia e a ficção.

Segundo Sousa Lobo, "os meus livros de banda desenhada são como sondas com que procuro conhecer algum limite da experiência humana. Tipicamente, falo do que ainda não sei. Escrevo e desenho para conhecer. Por vezes uso a autobiografia e a entrevista ou o lado documental da BD. Outras vezes utilizo a ficção. E também não é clara a distinção entre géneros, muitas vezes. A minha própria trajetória pessoal – acidentada – passou pela prática da arquitetura e pelo ensino e prática da banda desenhada. Acredito na banda desenhada como linguagem autónoma onde impera ainda um ar de liberdade, de possibilidade. Acima de tudo interessa-me a compaixão como valor transcendente, a realidade como eu a encontro – política, e a vida com as dores e a alegria que a vida tem."