Resumo
Escritora, poeta e feminista, Maria Teresa Horta faleceu hoje, em Lisboa, deixando um vasto legado literário e de luta pelos direitos das mulheres.
Texto
A escritora e poetisa Maria Teresa Horta, uma das vozes mais marcantes da literatura e do feminismo em Portugal, morreu hoje, aos 87 anos, em Lisboa. Última sobrevivente do trio das "Três Marias", que desafiou a censura com Novas Cartas Portuguesas (1972), Maria Teresa Horta destacou-se pela sua escrita intensa e pela defesa intransigente da liberdade e dos direitos das mulheres.
Ao longo da sua carreira, recebeu múltiplos prémios, incluindo o Prémio Autores 2017 pelo livro Anunciações e o Prémio Literário Casino da Póvoa, em 2021, por Estranhezas. Em 2022, foi distinguida com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.
Reconhecida internacionalmente, foi recentemente incluída na lista da BBC das 100 mulheres mais influentes e inspiradoras do mundo. Para além da poesia e da ficção, teve uma forte presença no jornalismo, dirigindo publicações e colaborando com diversos jornais e revistas ao longo das décadas.
A sua obra, marcada por um discurso libertário e pela exploração das relações entre textualidade e sexualidade, permanece como um marco incontornável da literatura portuguesa.