​Estima-se que a venda de livros em Portugal terá aumentado 7% em 2023 face a 2022 mas houve igualmente uma evolução dos hábitos de leitura?

De acordo com os dados divulgados no início de 2024, a venda substancial de livros mais vendidos recai no segmento infanto-juvenil, seguindo-se a ficção e por fim a não-ficção. O crescimento da venda de livros em Portugal é impulsionado pela faixa etária mais jovem e pelas redes sociais (TikTok/ Instagram/ Facebook/…) o que permite aferir que está a ser formada uma nova geração de (futuros) leitores.

Por altura do Verão - sinónimo de calor, férias, praia e mais tempo livre - crê-se que a leitura é colocada em dia e ganha destaque na lista das prioridades dos veraneantes. Este cenário teria tudo para dar certo e ser um prenúncio do crescimento positivo de hábitos de leitura e formação de nova vaga de leitores.

De acordo com o Eurostat (2022), os jovens (16-29 anos) lideram os hábitos de leitura, com 60,1% a terem lido pelo menos um livro; comparado com os leitores entre 30-54 anos (53.5%); 55-64 anos (52.6%) e acima dos 65 anos (47.2%). O género feminino é o que lidera nos hábitos de leitura: 60,5% das mulheres leram pelo menos um livro, em comparação com 44,5% dos homens. Do mesmo modo, 28.8% das mulheres e  24.8% dos homens leram menos do que 5 livros; 14.3% das mulheres e 9.8% dos homens leram entre 5-9 livros, enquanto que 17.4% das mulheres e 9.9% dos homens leram igual ou acima de 10 livros.

Segundo o Eurostat (2022), os hábitos de leitura também variam muito em toda a Europa, com Portugal (40%) a assumir uma posição nos últimos lugares da tabela (índice inferior à média europeia, 53%).

Por outro lado, Luxemburgo (75,2%), Dinamarca (72,1%) e Estónia (70,7%) surgem como os países mais ávidos de leitura, em oposição à Itália (35,4%), Chipre (33,1%) e Romania (29,5%).

Fontes:

Caderno País Positivo 

Eco 

Eurostat 

Observador