Foram ontem conhecidos o vencedor e as cinco menções do Prémio Europeu de Literatura, numa cerimónia que teve lugar em Bruxelas e que contou com a presença dos autores dos 13 países europeus que integram o grupo que concorre em 2024.
Num ano em que as regras do prémio foram alteradas, apenas 6 dos livros presentes a concurso são destacados.
Theis Ørntoft, dinamarquês de 40 anos, poeta e ficcionista, foi o vencedor. Começou por publicar poesia e foi desde logo aclamado como uma das grandes vozes da nova poesia dinamarquesa. O seu trabalho caracteriza-se por uma atitude interventiva e empenhada em termos culturais e sociais, com recurso a uma linguagem do quotidiano.
As cinco menções honrosas foram atribuídas a Todor Todorov, da Bulgária, Deniz Utlu, da Alemanha, María Elísabet Bragadóttir, da Islândia, Sholeh Rezazadeh, dos Países Baixos e Tina Vrscaj da Eslovénia.
Portugal nomeou Lei da Gravidade, de Gabriela Ruivo, publicado pelq Porto Editora. Situado num universo difuso de espaço e de tempo, a vida de diversas personagens é mantida suspensa e interdependente por uma história comum. História de abandono, violência doméstica, racismo, identidade, temas tão atuais e resistentes quanto universais. Trata-se, em última instância, do poder da palavra e do poder que nos assiste de construirmos, ou destruirmos, as nossas próprias narrativas.
Portugal terá de novo oportunidade de concorrer em 2027. Entretanto, aguarda-se pela possibilidade de se virem a conhecer as obras destacadas, sendo a tradução nas diversas línguas europeias um dos grandes objetivos deste prémio.
Saiba mais no site do Prémio Europeu de Literatura.