Resumo
Escritor brasileiro, mestre do conto moderno,
deixa um legado marcante na literatura de língua portuguesa.
Texto
Dalton Trevisan, consagrado escritor brasileiro e vencedor do Prémio Camões em 2012, faleceu aos 99 anos, deixando um legado ímpar na literatura contemporânea. Conhecido como o "Vampiro de Curitiba", alcunha inspirada no seu icónico livro O Vampiro de Curitiba (1965), Trevisan destacou-se pelo estilo conciso e pelo olhar implacável sobre os dramas humanos.
Licenciado em Direito, exerceu a profissão durante sete anos antes de se dedicar à fábrica de cerâmicas da família. A sua carreira literária começou na revista Joaquim (1946-1948), onde editou e publicou textos de grandes nomes como Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade. Ganhou projeção nacional com Novelas Nada Exemplares (1959) e outras obras, culminando no único romance A Polaquinha (1985).
Distinguido com prémios de prestígio, como o Jabuti, Machado de Assis e Portugal Telecom, Trevisan consolidou-se como uma referência no conto moderno, traduzido em várias línguas.
Fotografia: Dilson/O Estado do Paraná/26/6/1968