Enquanto um dos objetos que culturalmente nos define, o livro é, na sua aparente simplicidade (e talvez também por isso mesmo) um dos mais extraordinários. Com o livro, ao longo da nossa história comum, vivemos as mais diversas aventuras e desventuras, e construímos relações fortes e intensas: objeto de paixões e de ódios, o livro foi e é simultaneamente acarinhado, amado, idolatrado, desprezado, temido e amaldiçoado.

Para os que não imaginam a vida sem eles, os livros testemunham a faceta mais nobre e intangível da nossa humanidade: dos livros das nossas bibliotecas pessoais, aos cuidados que lhes dispensamos, aos  objectos que neles guardamos, aos livros com os quais acreditamos ser possível construir um mundo melhor, de entre os quais, literalmente, os Better world books.

Os livros consubstanciam, todavia, outras facetas humanas bem mais prosaicas e materiais. Bens de consumo e de troca, os livros e as leituras movimentam um mercado de investimentos, negócios, empresas e profissionais, de que detemos uma ideia aproximada e parcelar, como os da acreditada empresa Nielsen, através da Bookskan, que monitoriza os dados globais de venda de livros nos EUA. 

Esta ideia é reforçada por outros dados que, segundo os jornais online Slate ou Publishers Weekly, reduzem entre 50% a 70% o grau de fiabilidade destes números. Na sua maioria, os dados que obtemos constituem estimativas, muitas vezes contestadas, como o decréscimo de vendas de livros a favor de ebooks nos últimos cinco anos, ou a redução dos níveis de pagamento por parte das editoras aos seus autores , segundo, entre outros, o The Guardian. 

Do extraordinário universo do livro, selecionaram-se alguns dos mais pertinentes e originais sítios, blogues e páginas web, que agrupámos nos tópicos apresentados na coluna do lado direito.

Embora já com mais dez anos, o Inquérito ao Sector do Livro realizado pelo Observatório das Actividades Culturais (OAC), em 2008, constitui uma primeira abordagem ao mundo do livro em Portugal.