Júlio Conrado
[Olhão, 1936 - Lisboa, 2022]
Romancista, ensaísta e crítico.
Fez os estudos secundários em Lisboa, tendo depois seguido a carreira bancária até 1988. Paralelamente colaborou com diversos jornais e revistas, designadamente Flama (década de ciquenta), Diário de Notícias, O Século, A Capital (década de sessenta), Vida Mundial (década de setenta), Diário Popular (desde 1978 até à sua extinção), Colóquio-Letras e Jornal de Letras (ambos desde a década de oitenta até à actualidade).
Dirigiu o Jornal da Costa do Sol, de 1994 a 1996, e foi redactor do jornal A Nossa Terra. Coordena a página literária de Texto e Diálogo e a revista de cultura e pensamento Boca do Inferno.
Foi membro da direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Actualmente, e desde 1989, é secretário do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, assim como da Assembleia Geral do Pen Clube Português. Entre 1969 e 1974 publicou no jornal O Século os balanços literários anuais.
Publicou o seu primeiro livro de contos, A Prova Real, em 1963. Seguiram-se-lhe romances, novelas e outros livros de contos, onde o sarcasmo, quase sempre demolidor, é uma constante da narrativa. Publicou igualmente um livro de ensaio, Olhar a Escrita (1986), onde afirma: «A minha propensão natural: escrever ficção» (p. 9), e outro de crónicas, Ou Vice-Versa (1980).
Está representado em diversas antologias e obras colectivas, editadas em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente Enciclopédia Literária Verbo, Portugal Heute (Alemanha), Republica de las Letras (Espanha) e Outros Sentidos da Literatura. Participou em vários congressos e encontros nacionais e internacionais, tendo apresentado diversas comunicações. Participou em júris de prémios literários, dos quais se referem o Prémio Cidade de Lisboa, o Prémio da Crítica e o Prémio Florbela Espanca, entre outros. É, desde 1996, director da Fundação D. Luís I.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. VI, Lisboa, 1999