António Álvaro Dória
[Porto, 1902 - Braga, 1994]
Tradutor e publicista. Com um simples curso de guarda-livros tirado na Escola Raúl Dória (nome de seu pai), onde ensinará escrituração comercial e francês (1920), fixa-se em Braga (1929), exercendo a profissão em fábricas locais e na respectiva Escola Industrial e Comercial (desde 1938).
Tem colaboração incontável sobre temas literários e historiografia em Correio do Minho (1935-1938), Ocidente, Gil Vicente, Sempre Pronto, Scientia Iuridica, Boletim de Trabalhos Históricos, Bracara Augusta, Boletim Cultural da Câmara Municipal do Porto, Revista Camoniana (São Paulo), Boletim da Academia Portuguesa de Ex-Libris, Revista de Contabilidade e Comércio, Arquivos do Centro Cultural Português, O Instituto..., estando grande parte da sua obra publicada em separatas de algumas destas revistas.
Conhecido, também, como dicionarista de francês e inglês, a sua actividade como tradutor e adaptador procurou títulos que, embora cedo olvidados, narrassem os feitos portugueses, quase sempre heróicos.
Ficaria, talvez, mais conhecido por anotações e prefácios (Conde da Ericeira, História de Portugal Restaurado, 2 vols., 1945-1946), mas também pelas traduções de ensaísmo britânico sobre as letras portuguesas e, assim, o seu nome é inseparável de Aubrey Bell (Fernão Lopes, 1931; Da Poesia Medieval Portuguesa, 1932, 1985; Luís de Camões, etc.), de Edgar Prestage (D. Francisco Manuel de Melo, 1933), de J. Entwistle (A Lenda Arturiana nas Literaturas da Península Ibérica, 1942).
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997