Álvaro Ribeiro
[Porto, 1905 - Lisboa, 1981]
Filósofo, licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1931), onde foi aluno de Leonardo Coimbra, de cujo superior magistério sempre se reclamará.
A reflexão sobre o modo historicista como, em 1940, foi celebrado o centenário da independência de Portugal levou-o a formular O Problema da Filosofia Portuguesa (1943), o qual veio a centrar o debate filosófico e cultural durante as décadas de 50 e 60, em que publicou a parte mais significativa, original e influente da sua obra especulativa e pedagógica, inspirada, por um lado, na tradição de Sampaio Bruno e Leonardo Coimbra e, por outro, numa leitura pessoal e renovada do pensamento aristotélico: Os Positivistas (1951), Apologia e Filosofia (1953), A Arte de Filosofar (1955), A Razão Animada (1957), Escola Formal (1958), Estudos Gerais (1961), Liceu Aristotélico (1962), Escritores Doutrinados (1965) e A Literatura de José Régio (1969).
Traduziu Stendhal (Armance, 1944), Balzac (Serafita, 1946), Kierkgaard (O Banquete, 1953), Campanella (A Cidade do Sol, 1953), Erasmo (O Elogio da Loucura, 1951), Nietzsche (A Origem da Tragédia, 1958), Hegel (Estética: arquitectura e escultura, 1962, Estética: pintura e música, 1962 e Estética e Poesia, 1964), Comte (Reorganizar a Sociedade, 1977) e Schlegel (Lucinda, 1979).
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997
