Raul Rego
[Morais/Macedo de Cavaleiros, 1913 - Lisboa?, 2002?]
Jornalista, escritor, bibliófilo e político.
Estudou nos seminários da Congregação do Espírito Santo (1924-37), onde completou Teologia, sem se ordenar. Conhecido lutador antifascista, é um dos nomes cimeiros do jornalismo, que o favoreceu com importantes galardões, nomeadamente a «Pena de Ouro da Liberdade», atribuída pela Federação Internacional dos Editores de Jornais (1974).
Colaborou na Seara Nova, no Jornal do Comércio e no Diário de Lisboa. Director dos diários República (a partir de 1971) e A Luta, foi, também, efémero ministro da Comunicação Social no I Governo Provisório (1974) e cronista regular no Jornal de Notícias e no Diário de Notícias (de cujas páginas saiu o colectivo Estudos Sobre Camões, 1988, onde Raúl Rêgo trata «Camões e Os Lusíadas contestados por Poetas»).
Grão-mestre da Maçonaria Portuguesa (1989). Desde as Constituintes de 1975, é deputado à Assembleia da República em listas do Partido Socialista, de que foi um dos fundadores.
Tem larga actividade como prefaciador, prologuista e curador literário: Duas Cartas Inéditas de Alexandre Herculano, 1955; D. Francisco Manuel de Melo, Doze Sonetos por Varias Acciones, 1960; Mariano Robles, J. A. Novais, Asesinato de um Heroe: General Humberto Delgado, Madrid, 1974; Eça de Queirós, A Emigração como Força Civilizadora, 1979; Giochino Santanche, Uma Revolução Falhada: os Métodos de Boris Ponomariov na Europa, 1980; O Último Regimento e o Regimento da Economia da Inquisição de Goa, 1983; José Brandão, A Noite Sangrenta, 1991; José Agostinho de Macedo, Os Burros, 1993.
É também autor de valiosas introduções a catálogos de importantes livrarias leiloadas nas últimas décadas.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997