A Ilha de Circe
A Ilha de Circe
1ªed.
Lisboa: Publicações Dom Quixote - Grupo LeYa, 1983
A Ilha de Circe
2ªed.
Funchal: Editorial Correio da Madeira, 1996
A Ilha de Circe
3ªed.
Lisboa: Editorial Notícias, 2001
Sinopses
Das notas de Maria Fernanda de Abreu à 3.ª edição:
Neste volume, a Autora reuniu, como nos diz no prólogo, dois contos e uma novela com a intenção de neles reintegrar o herói a que ficção renunciou, fazendo a colecta de casos que podem passar-se com qualquer um - textos que narram esse extraordinário da vida sem o qual o existir é sujeição aos privilégios da idiotia. Com esse acto dizia cumprir a desobediência que os deuses lhe pediam, afirmando que se tratava de um acto puramente romântico.
A partir de hoje, se alguém me quiser encontrar, procure-me entre o riso e a paixão. De riso, efectivamente, do riso que vai de um virulento sarcasmo até à paródia literária, se constrói esta escrita. E da paixão, que abala as lógicas reguladoras, os sistemas impostos, as ideias feitas.
Um sumo de maracujá, qual madalena de Proust, leva a narradora pelos caminhos autobiográficos da memória, que, assim, lhe devolve a ilha (os Açores), a mãe e os labirintos da infância; uma miss inglesa sustenta uma parábola carnavalesca da convivência das nações; e outra ilha (a Madeira), «bela como uma ruína de paraíso», é transformada, pelas artes feiticeiras da deusa Circe, em lugar de êxtases e morte.
Poucas vezes a narrativa portuguesa do nosso tempo terá visto tão eficazmente fundidas as heranças do barroco e do romantismo - que Natália sempre aclamou - na expressão dos mais viscerais e apaixonados comportamentos humanos.