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sábado, 28-12-2024
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Informação Detalhe sobre uma Obra

Informação Detalhe sobre uma Obra
                  
Abril 30 anos 30 poemas
Abril 30 anos 30 poemas
1ªed.
Porto: Campo das Letras, 2004
Sinopses
«Já lá vão trinta anos e resta ainda tanto para contar desse tempo que, em algumas vozes, se fez poema e noutras se fez canção e noutras ainda se fez silêncio persistente e magoado. Também em verso pode deixar-se lavrada, para que conste, a memória desses dias, que foram de júbilo e de esperança e que encontraram nas palavras dos poetas o registo secreto e cúmplice, o timbre exaltante e límpido. Aqui se recordam alguns dos poemas que, trinta anos depois da madrugada de Abril, ajudam a recuperar a memória afectiva de um tempo que foi feito de abraços, de reencontros, de praças floridas como varandas debruçadas sobre o Tejo, sobre a vida. Que ninguém peça aos poetas para escreverem ou reescreverem a História, já que os materiais com que operam são os do afecto, do sonho e da paixão. Eles não são nem querem ser testemunhas distantes quando o mundo se transforma. Eles também sabem tomar partido, porque a mudança é, em si mesma, um acto poético, um instante de magia. Desses dias ficaram os poemas e, com eles, os retratos cantantes de uma alegria que também em verso se quis partilhar e multiplicar. Aqui se juntam trinta poemas desses dias, fragmentos de uma memória que a voragem do tempo tenta condenar ao esquecimento. Estes poemas têm Abril na matriz e não a renegam nem ocultam, porque não podem nem querem. São vozes acrescentadas a outras vozes que aprenderam, na voz dos poetas, o gosto de ser livres. Trinta anos depois, estes poemas não são nem romagem de saudade nem liturgia nostálgica. São apenas a revisitação sensível de um júbilo que a todos veio lembrar esta verdade soberana: a poesia é a mais livre de todas as liberdades e, em Abril, também desceu à rua para entrar na festa, para tomar o gosto à vida, para passar de boca em boca, respiração vital de um pátria sem temores nem amarras. O que resta ainda em nós desse tempo? Eis uma pergunta para a qual talvez só os poetas consigam encontrar resposta.» José Fanha, José Jorge Letria (texto no site da editora)