Olavo de Eça Leal
[Lisboa, 1908 - Oxford, Reino Unido, 1976]
Recebeu parte da sua educação em Paris, onde trabalhou no estúdio de desenhos animados de André Vigneau, e, depois da passagem por diversos países da Europa e pelo Brasil, fixou-se em Portugal.
Repartiu a sua actividade pelo romance e novela, poesia, artes plásticas, cinema, rádio e televisão. Foi actor, assistente de realização de filmes (A Severa de Leitão de Barros e A Revolução de Maio de António Lopes Ribeiro) e realizador de curtas metragens. Foi locutor da Emissora Nacional, onde colaborou com crítica de cinema, palestras e peças de teatro. A partir de 1948 dedicou-se à produção de publicidade, essencialmente radiofónica. De novo em Paris de 1956 a 1957, aí criou uma agência de publicidade.
De destacar é, também, a sua actividade na televisão, onde fez representar inúmeras peças de teatro. A sua peça A Taça de Ouro foi levada à cena no Teatro Nacional D. Maria II (1953), e o Teatro da Trindade apresentou a tragi-farsa em três actos O Amor, o Dinheiro e a Morte (1960).
Fundou e dirigiu «O Século de Domingo» (1958), suplemento de domingo de O Século. Colaborou com inúmeros artigos, contos, poesias e desenhos nas revistas Contemporânea, Seara Nova, Presença, Acção, Imagem, Kino, Panorama e Atlântico. Está representado numa Antologia de Humoristas, organizada por Armando Ferreira.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997