Maria Matos
[Lisboa, 1890 - Lisboa, 1952]
De seu nome completo Maria da Conceição Matos Ferreira da Silva Mendonça de Carvalho. Tendo concluído em 1907 o curso do Conservatório com um 1°. prémio, alcançado pela sua interpretação da peça em 1 acto Rosas de Todo o Ano que para esse efeito Júlio Dantas propositadamento escreveu, ingressou no mesmo ano no elenco do Teatro Nacional, onde se manteve até 1911, depois do que formou companhia própria, especializando-se como actriz de comédia e farsa, regressou àquele Teatro em 1947 para criar personagens de Gil Vicente, Molière e Garcia Lorca.
A grande popularidade de que desfrutou como actriz cómica, no teatro como no cinema, relegou para segundo plano a sua actvidade de escritora, representada por dois livros de crónicas e versos, África e Dizeres de Amor e de Saudade (1935), três comédias de factura convencional, Direitos do Coração, em 1 acto, A Tia Engrácia, em 3 actos (1936), e Escola de Mulheres, em 3 actos (1937), e várias traduções de obras teatrais de P. Frondaie, J. Benavente, Zola e Pirandello.
Postumamente, foram publicadas as suas Memórias, revistas por Alice Ogando (1965).
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. III, Lisboa, 1994
