Alberto Carrasco Guerra
[Porto, 1880 - Lisboa, 1940]
Dramaturgo de tendência naturalista, escreveu, em colaboração com Eloy do Amaral, o «episódio doloroso» Mau Caminho (1905), A Derrocada, «episódio cruel», e O Desconhecido, «episódio irónico» (1908); com Bento Faria, Mau Olhado (1915) e, com Vítor Mendes, História de Sempre (1918).
A única peça de sua exclusiva autoria, O Triunfo, proibida e depois autorizada pela Censura, foi representada em 1908, na última temporada do «Teatro Livre», e é a que melhor ilustra a intenção social da sua obra, aqui expressa no desenvolvimento de um tema que não perdeu actualidade: as relações entre a ciência e o poder e a responsabilidade do cientista perante a humanidade.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. III, Lisboa, 1994