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segunda-feira, 20-10-2025
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Biografia

Biografia
                  

D. João de Castro  
[Azurara/Vila de Conde, 1871 - Sta. Maria do Prado/Vila Verde, 1955]  

D. João de Castro, poeta, ficcionista e dramaturgo, um dos primeiros entusiastas do simbolismo decadentista e talvez, de início, o mais bizarro de todos eles. Os autores anónimos de Os Nefelibatas (Raul e Júlio Brandão, com quem fundou a Revista de hoje) chamam-lhe «excessivo e bizarro» e ao seu livro de sonetos decadentistas Alma Póstuma (1891) qualificam-no de «desconexo e estranho, excessivo mesmo na forma». D. João de Castro virá, de resto, a romancear a aventura simbolista e a descrever a geração dita nefelibata no livro Os Malditos (1893, 2ª. ed., 1895).

Deixou uma obra vasta, por vezes inçada de vocábulos raros. Camilo chamou ao seu livro de estreia «a refulgente aurora de um dia que há-de ser belo», e o seu companheiro Júlio Brandão diria, mais tarde, em Poetas e Prosadores, que «a vida literária de D. João de Castro assinala-se por uma série de magníficos triunfos», o que não impede que esteja hoje esquecido, como tantos. Chegou a ser editado pela Renascença Portuguesa (Jesus, 2ª ed., com retrato e desenhos de António Carneiro, 1920) e colaborou no Primeiro de Janeiro e na revista Ocidente (Álvaro Pinto reeditou-lhe também o Portugal Amoroso, em 1945).
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. III, Lisboa, 1994