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segunda-feira, 20-10-2025
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Biografia

Biografia
                  

Jaime Batalha Reis  
[Lisboa, 1847 - Torres Vedras, 1935]  

Engenheiro agrónomo, diplomata, jornalista e crítico.

Foi professor do Instituto Geral de Agricultura, tendo, nessa qualidade, representado Portugal em diversos congressos e conferências no estrangeiro. Em 1897 foi nomeado cônsul-geral em Londres, onde, mais tarde, em 1902, desempenhou o cargo de adido comercial. Exerceu ainda funções diplomáticas na Haia e Sampetersburgo, onde se encontrava em 1917, aquando da Revolução Russa.

Colaborou em jornais, como O Popular, A Luta, o Diário de Notícias e o Comércio de Portugal, e em revistas, como a Gazeta de Portugal, a Revista de Portugal e a Revista Ocidental, que dirigiu com Antero de Quental.

Em 1866, na redacção da Gazeta de Portugal, conheceu Eça de Queirós: encontro histórico que marcou o início de uma grande amizade e seria o ponto de partida para o importante movimento intelectual que foram as Conferências do Casino. Batalha Reis apresentou Eça de Queirós ao grupo de «revolucionários» intelectuais que, inspirados em Proudhon, se bateriam por uma modernização das ideias em Portugal. A sua casa passou, então, a ser o local de reunião do Cenáculo – como se intitulava esse grupo que integrava, além de Batalha Reis e Eça, Antero de Quental, Salomão Sáragga, Oliveira Martins e Guerra Junqueiro, entre outros.

Batalha Reis deixou importantes trabalhos no domínio da música, das artes plásticas, da geografia e da navegação, dos quais se distingue a conferência intitulada «Sobre a definição da geografia como ciência», proferida em Londres em 1895, valioso contributo para o estudo desta ciência em Portugal. São da sua autoria o capítulo «Anos de Lisboa» no In Memoriam de Antero de Quental (1896) e o prefácio às Prosas Bárbaras de Eça de Queirós (1903). As inúmeras referências às ideias e a factos da vida do seu amigo, de que foi testemunha, conferem a este prefácio uma importância relevante.

Colaborou, ainda, na farsa O Burro em Pancas, representada em 1892 no Teatro Avenida. Uma parte importante da sua obra não está ainda publicada, encontrando-se os manuscritos na Biblioteca Nacional.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. II, Lisboa, 1990