D. Martinho de Castel-Branco
[, 1456? - , 1527]
1º. conde de Vila Nova de Portimão, filho de D. Gonçalo Vaz de Castel-Branco, foi casado com D. Mécia de Noronha, filha de João Gonçalves da Câmara, o «capitão da Ilha» do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende.
Ainda novo tomou parte nas guerras contra Castela, ao lado de seu pai e de D. Afonso V, tendo sido feito prisioneiro na batalha de Toro. Pouco depois acompanhou o rei a França que o nomeou (1481) vedor da Fazenda da Casa Real Portuguesa como recompensa pelos serviços prestados, cargo que ocupou ainda por algum tempo durante o governo de D. João II. Foi nomeado (1494) governador da Casa do Cível em Lisboa, cargo em que substitui seu pai e, mais tarde, volta a ser nomeado vedor da Fazenda por D. João II que tinha grande confiança em D. Martinho. Voltou a ocupar o cargo de vedor, de que estava aposentado, no reinado de D. Manuel, e foi proclamado conde de Vila Nova de Portimão, em 12 de Fevereiro de 1514. Foi camareiro-mor de D. João III.
O humanista italiano Cataldo Parísio Sículo consagrou a D. Martinho de Castelo Branco o poema «Verus Salomon, Martinus» (parte dos Visionum Libri, cuja publicação deverá datar de 1513 ou 1514), encómio em que o considera seu mecenas.
D. Martinho tem duas intervenções em «torneios» poéticos no Cancioneiro Geral.
Centro de Documentação de Autores Portugueses
01/2012