Ignorar Comandos do Friso
Saltar para o conteúdo principal
domingo, 22-12-2024
PT | EN
República Portuguesa-Cultura Homepage DGLAB

Skip Navigation LinksPesquisaAutores1

Biografia

Biografia
                  

Luísa Costa Gomes  
[Lisboa, 1954]  

Fotografia de Luísa Costa Gomes por Luísa Ferreira para o IPLB
Licenciada em Filosofia, foi professora do ensino secundário.

Estreou-se literariamente no início dos anos 80 com Treze Contos do Sobressalto (1981), vindo a afirmar-se como uma das mais interessantes revelações literárias da década de oitenta.

Tem repartido a sua actividade literária por diversas áreas, do romance ao conto, da tradução de livros de banda desenhada à leitura e recensão de obras literárias e ensaísticas estrangeiras, passando pela colaboração em vários jornais e revistas (dirigiu a revista de contos Ficções) e pela autoria de vários programas de televisão e rádio («Livros», para a RTP, em 1986, e programas sobre filosofia e literatura para Rádio Comercial, TSF e XFM). Tem orientado cursos de Escrita Criativa.

A sua obra tem reflectido sinais temáticos e formais de uma certa pós-modernidade literária, como sejam a auto-reflexividade da escrita, a «crise da representação», a questionação e desconstrução das fronteiras entre os géneros, a ironia e o ludismo na utilização dos códigos literários. O conjunto da obra pode ser visto, aliás, como um jogo constante entre a autora e os seus leitores, surpreendendo-os a cada livro pela multiplicidade e diversidade de registos e temas: se O Pequeno Mundo (1988 - Prémio D. Dinis da Fundação da Casa de Mateus) é um romance epistolar que filtra uma crítica à sociedade portuguesa actual, já A Vida de Rámon (1991) reconstitui ficcionalmente a vida do filósofo e místico medieval Rámon Llull, enquanto Olhos Verdes (1994 - Prémio Máxima de Literatura) se constrói como uma paródia ao actual culto obsessivo da aparência e da imagem.
 
Também no panorama da escrita para teatro, Luísa Costa Gomes se tem afirmado como um dos mais interessante autores revelados na última década, destacando-se neste campo Nunca Nada de Ninguém (1991), para além dos libretos para a ópera Corvo Branco, de Philip Glass e Robert Wilson (1991) e para a cantata Sobre o Vulcão, com música de Luís Bragança Gil, levada à cena no Festival de Teatro do ACARTE (Fundação Calouste Gulbenkian) em 1996, onde a autora assumiu também a encenação.
 
Em 2010 foi galardoada com o Prémio Fernando Namora pela obra Ilusão ou o que quiserem.
Centro de Documentação de Autores Portugueses
09/2010