​ Escritora foi premiada pelo romance "Misericórdia", publicado pela Dom Quixote.

Criado em 1982, e sempre apoiado financeiramente pela DGLAB e organismos que a antecederam, é a segunda vez que o Grande Prémio do Romance e Novela APE / DGLAB é atribuído a Lídia Jorge, que em 2002 já o tinha vencido com "O Vento Assobiando nas Gruas".

Nascida em Boliqueime, concelho de Loulé, é licenciada em Filologia Românica. Foi professora em Lisboa e em África – Angola e Moçambique –, para onde partiu em 1970. Ali viveu o ambiente da Guerra Colonial, que mais tarde descreveria no romance "A Costa dos Murmúrios" através da perspectiva de uma personagem feminina, a mulher de um oficial do exército português de serviço em Moçambique.

De regresso a Lisboa, continuou a actividade docente e, em 1980, publicou o romance "O Dia dos Prodígios", que lhe valeu o Prémio Ricardo Malheiros, da Academia das Ciências de Lisboa. 

A partir daí, foram muitos os romances e contos escritos por Lídia Jorge, e muitos foram também os prémios nacionais e internacionais que lhe foram entregues, como o Prémio FIL de Literatura em Línguas Românicas da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, México, um dos países onde verá a tradução de "Misericória" editada ainda este ano.

(Foto: Luís da Cruz)